Descrição
Esta obra evidencia a postura sempre crítica e inquieta de uma das figuras centrais do Modernismo Brasileiro.
Espécie de “introdução” à poesia modernista é um texto de exposição e criação uma obra que endossa mais uma vez o benefício da dúvida algo tão caro ao autor de Macunaíma incerteza que nos grandes escritores é sempre mola propulsora para a colheita de possibilidades múltiplas.
Começo por uma história. Quase parábola. Gosto de falar por parábolas como Cristo… Uma diferença essencial que desejo estabelecer desde o princípio: Cristo dizia: “Sou a Verdade.” E tinha razão. Digo sempre: “Sou a minha verdade.” E tenho razão. A Verdade de Cristo é imutável e divina. A minha é humana, estética e transitória. Eu por mim não estou de acordo com aquele salto para o futuro. Vejo Lineu a rir da linda ignorância do poeta. Também não me convenço de que se deva apagar o antigo. Não há necessidade disso para continuar para frente. Demais: o antigo é de grande utilidade. Os tolos caem em pasmaceira diante dele e a gente pode continuar seu caminho, livre de tão nojenta companhia.
- Capa comum: 150 páginas
- Autor: Mário de Andrade
- Editora: Nova Fronteira (19 de março de 2019)
- Idioma: Português
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